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2024: 70 anos da Sociedade Veteranos de 32 - MMDC

Ao promover grandes eventos cívicos e culturais, o MMDC faz um trabalho fundamental no zelo pela memória e valores de todo o movimento constitucionalista e de outros momentos da nossa história. Fundada por homens e mulheres veteranos da Revolução de 1932, a MMDC sempre foi feita de pessoas do povo, homens e mulheres de todas as idades e classes sociais, contando com o apoio de diversos órgãos públicos e entidades privadas, tal como foi feito em 1932.

Com o peso da idade de 70 anos de trabalho, o MMDC, inicialmente, ao lado da Fundação Pró-Monumento e Mausoléu ao Soldado de 1932, realiza o ininterrupto trabalho de preservação e manutenção da história do movimento, ano após ano, que acabou deixando profundas marcas na história de São Paulo.

Com uma série muito grande e diversificada de trabalhos, por exemplo, em erguer monumentos, publicar livros e informativos, promover palestras, visitas guiadas, expedições em diversas cidades do estado e realizando eventos de valorização pessoal, acabou criando uma enorme ordem falerística paulista, com dezenas de honrarias oficializadas pelo Governo do Estado de São Paulo alusivas a Revolução de 1932 o que, desta maneira, imortalizou personagens, cidades e sítios históricos.

Ao resgatar, semear e perpetuar a história da Revolução de 1932, o MMDC tem algumas das maiores e mais tradicionais atividades cívicas e culturais paulistas, tendo se espalhado por vários municípios, mantendo um público cativo, que se preocupa em celebrar essa memória. Além disso, diversos órgãos públicos e instituições privadas, atentos às datas, se unem ao MMDC, ou isoladamente, prestam suas homenagens ao movimento constitucionalista, que eclodiu na capital de São Paulo, se espalhando por todas as grandes cidades do estado e, por sua vez, aos pequenos municípios, pois praticamente todos eles participaram, de alguma maneira, na Revolução. E muitos sofreram com os horrores da guerra.

Com o fim da Revolução de 1932, as datas de 23 de maio e 9 de julho sempre foram comemoradas. Nos primeiros anos subsequentes ao ano de 1932, as comemorações eram realizadas com pequenos eventos e jantares, missas em igrejas e cemitérios, bem como nos túmulos de combatentes que eram visitados.

Ao longo dos anos as festividades da Revolução de 1932 foram sendo reorganizadas, até que, em 1955, com um ano de existência, a Sociedade Veteranos de 32 – MMDC organizou as comemorações de 9 de julho, e o marco principal desse evento foram as exumações dos corpos de Mario Martins de Almeida, Euclydes Bueno Miragaia, Dráusio Marcondes de Souza, Antônio Americo de Camargo e Paulo Virgínio, cada um sepultado em um cemitério diferente. Os restos mortais de Paulo Virgínio vieram de Cunha e os de Miragaia de São José dos Campos. Em um traslado de intenso e profundo respeito e pesar, roteirizado e seguindo um protocolo estabelecido pelos veteranos, que determinaram todo o percurso até a chegada dos restos mortais na capital de São Paulo, diretamente para a Catedral da Sé e, de lá, foram sepultados no “32” como batizou Galileu Emendabili o nosso Monumento Mausoléu ao Soldado Constitucionalista de 1932. Estas foram as primeiras trasladações para o Mausoléu de 32 de São Paulo.

Os eventos do MMDC não são apenas anuais, são mensais. Passados estes 70 anos, nos últimos cinco anos a Sociedade MMDC promoveu uma diversidade de trabalhos, com a capitação de recursos adequados para a execução dos projetos, o que gerou um resultado positivo por todos os pontos de vista, cultural, social e pedagógico. Embora, se reconheça a necessidade de ainda mais fomento, para que ainda mais atividades se tornem realidade, uma enormidade de trabalhos tem sido realizadas pela Sociedade, sempre com novidades e prezando pela transparência, em uma gestão eleita democraticamente e com o reconhecimento público de proficuidade.

Não há como negar que a Sociedade Veteranos de 32 – MMDC cresceu. E muito! O que deixou marcas indeléveis na sociedade em geral e se manteve forte para os anos vindouros.

Durante os primeiros anos da Revolução de 1932, a comemoração realizada pelos veteranos de 1932 – MMDC para relembrar o armistício da Revolução, tinha como data oficial o 28 de setembro, pois isso se deve devido aos acontecimentos da Revolução de 1932 relativos às tratativas entre o Comandante Geral da Força Pública de São Paulo, coronel Herculano de Carvalho e o General Góes Monteiro comandante militar do Exército do Leste e que, juntos, fizeram as primeiras tratativas para resolver, sem que houvesse hostilidades, a guerra de 1932. Então, acordaram primordialmente a suspensão dos combates e, em seguida, a assinatura de um armistício, endossada em um documento chamado Protocolo de Cruzeiro, assinado em 02 de outubro de 1932. Entretanto, entre outros acontecimentos conectados, foi em 28 de setembro que o coronel Herculano de Carvalho e Silva iniciou o seu pacto em separado onde, sem a autorização do governador Pedro de Toledo, iniciou ele mesmo de tratar sobre o acordo de paz, em consonância com as forças de Goes Monteiro e Getúlio Vargas e, em 28 de setembro, já contando com o apoio do General Klinger, comandante do Exército Constitucionalista, iniciou, gradativamente, o retraimento dos primeiros contingentes da Força Pública para a capital. Este acordo foi considerado uma traição por várias lideranças e até por grande parte da opinião popular da época.

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