Um gaúcho no comando da Revolução Constitucionalista.

Um dos maiores comandantes do Exército Constitucionalista fora o coronel do Exército Brasileiro, Palimércio de Rezende, um gaúcho de 51 anos, chefe do Estado Maior da 2a Divisão de Infantaria, comandada pelo General Euclydes Figueiredo.
O coronel Palimercio era um homem de cultura superior, ouvia música clássica e lia literatura estrangeira das mais refinadas. Formado em Engenharia militar e Ciências Físicas e Matemáticas pela extinta Escola Militar da Praia Vermelha. Servira em diversos quarteis desde sua chegada ao Exército Brasileiro, no ano de 1.896. Em maio de 1928, já como coronel era chefe do Estado-Maior da 2a Região Militar, sediada em São Paulo. Durante a Revolução de 1.930 estava em São Paulo e resistiu aos revoltosos, tenentistas e getulistas. Continuou seu trabalho no Exército, mesmo com a vitória do movimento de 30. Em seguida apoiou as aspirações de São Paulo, que naquele momento compreendia a autonomia dos estados e uma Constituição para o Brasil, ou seja, esteve ativo nos precedentes da Revolução do 9 de julho e também no movimento armado. Com o fim do conflito no dia 02 de outubro, foi exilado com os líderes da Revolução e retornara ao Brasil em 1.934, anistiado.
Para que não critiquem, vale destacar que o Coronel Palimercio era negro.
Foi um legalista, militar exemplar, disciplinado e disciplinador. Faleceu em sua casa no Rio de Janeiro, dia 1 maio de 1939, aos 58 anos. Primordialmente foi sepultado no cemitério São João Batista, na zona sul do Rio, e em 9 de julho de 1957, seus restos mortais foram transladados pela Sociedade Veteranos de 32 – MMDC para o Monumento e Mausoléu ao Soldado Constitucionalista.